Criatório aproveita o momento para realizar a FIV com as novas doadoras, que são escolhidas dentre as que produzem os melhores bezerros
Para o Nelore DI GENIO, referência em seleção e melhoramento da raça, o que identifica uma boa doadora não é apenas a sua genealogia ou avaliação genética, mas sim a qualidade dos bezerros que ela produz. “Estamos no meio da Estação de Monta, época em que fazemos os trabalhos de Fertilização in Vitro (FIV), aspirando as vacas para transferir para as receptoras. O nosso processo de seleção das doadoras é baseado no que elas produzem. As fêmeas que têm os melhores produtos no pé na estação é que são escolhidas para serem aspiradas. Às vezes, encontramos uma vaca que nem é tão bem avaliada pelos programas de melhoramento genético, não é a top, mas é a que tem os melhores bezerros. E isso, para nós, é o mais importante”, analisa Antonio Aurico, Gerente do Nelore DI GENIO.
Outro diferencial do criatório é que tanto os animais oriundos de FIV quanto a bezerrada produzida naturalmente na Estação de Monta vão ser trabalhados e analisados da mesma forma. “É uma avaliação para todos, sem separar o gado que é de FIV do gado que é do pasto”, destaca Antonio Aurico.
O médico-veterinário Eduardo Karvat, da Origens BRA, que há oito anos trabalha com FIV nas fazendas do criatório, elogia a qualidade e a produtividade de oócitos das doadoras do Nelore DI GENIO. “Hoje, a média nacional por doadora gira em torno de 30 oócitos. Aqui, fica em torno de 40, bem acima da média”, confirma.
“A genética que a gente multiplica aqui na fazenda e que oferecemos aos nossos clientes é das fêmeas que são realmente as mais bem adaptadas e que se sobressaem na produção do rebanho. Fazemos FIV com as vacas que parem e desmamam os melhores bezerros, o que dá um ganho em encurtamento de geração. E isso é realmente seleção”, ressalta Antonio Aurico.
O critério para a escolha de doadoras no Nelore DI GENIO é muito semelhante ao utilizado para a escolha dos jovens reprodutores. “Temos as fêmeas que se destacam na reprodução e os machos que se sobressaem nas provas de ganho de peso. E nos machos, ainda muito jovens, a gente já coleta sêmen na fazenda antes mesmo de mandar para as centrais, e já faz a FIV, a IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo), buscando os melhores animais. Assim, quando o touro chega às centrais, já está provado e logo tem filho nascendo”, conclui Antonio Aurico.